quinta-feira, 20 de setembro de 2018


20 DE SETEMBRO DE 2018

O FUTURO DA EDUCAÇÃO

Aplicativos substituirão os livros didáticos?

O FUTURO DA EDUCAÇÃO


O nosso papel diante disso, enquanto educadores, é acompanhar esses avanços, nos adequar às novas plataformas e utilizar a tecnologia a nosso favor. É nesse cenário que nos surge um desafio pedagógico: como os livros didáticos podem interagir com a tecnologia?

A resposta é exatamente esta: interação. Não acredito que os livros físicos serão substituídos pelos aplicativos, mas penso que eles devem ser complementares. Isso porque, se por um lado o smartphone e a interação tecnológica geram oportunidades para tornar a aprendizagem mais dinâmica e mais atrativa, driblando a repetição mecânica, por outro, os livros fortalecem a capacidade de concentração e abstração do estudante.

O nosso grande desafio atual, portanto, é reestruturarmos a produção dos livros didáticos para que eles já tragam pontos de intersecção com a tecnologia, com aplicativos de aprendizagem, principalmente na relação teoria e prática. Este é um processo que já ocorre, mas que ainda necessita de avanços na mesma velocidade da internet, fortalecendo a relação fundamental de diálogo entre leitor e livro.

Como exemplo, cito os dois livros que publiquei sobre políticas públicas - Análise de Políticas Públicas. Diagnóstico de Problemas. Recomendação de Soluções e Políticas Públicas. Conceitos, Esquemas de Análise, Casos Práticos. Ambos se complementam e abordam de forma enfática a relação teoria e prática, porém quero que a próxima versão seja acompanhada de um aplicativo que permita a comparação em tempo real de políticas públicas em diferentes localidades. Por enquanto, isso ainda é um sonho, mas desejo vê-lo concretizado em breve.

Até lá, os debates na área seguem e os desafios para os professores idem. No meio disso tudo, continuamos com uma certeza: não é inteligente lutar contra o avanço tecnológico, tampouco falar em aprendizagem sem relacionar o conteúdo com o cotidiano. Teoria e prática devem andar juntas e na mesma velocidade.

LEONARDO SECCHI