sexta-feira, 17 de janeiro de 2020


17 DE JANEIRO DE 2020
CAMPO ABERTO

Depois da escalada


O ritmo é bem mais "despacito" do que o do movimento de alta, mas levantamento do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro) da UFRGS mostra leve recuo no preço de cortes de carne bovina no Rio Grande do Sul. O período analisado é das duas últimas semanas de dezembro de 2019 e as duas primeiras de janeiro de 2020. E refere-se aos cortes de costela e de alcatra.

Com a ressalva de que ainda é cedo para consolidar projeções, o coordenador do Nespro, Júlio Barcellos, observa que a tendência é de que os valores para o consumidor sigam recuando. Por enquanto, a baixa ainda é tímida (veja acima):

- O fenômeno também está ocorrendo no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas em maior impacto. Na primeira quinzena de janeiro, os valores no varejo de lá baixaram cerca de 5%. Na comparação com dezembro, 11%, bem acima do Rio Grande do Sul.

O que puxa esse movimento são fatores como o menor consumo em relação ao último mês do ano, quando a carne ganha preferência nas ceias. Também há disponibilidade um pouco maior do produto, embora a normalização por completo da oferta no Estado deva ocorrer só a partir do final de fevereiro.

Barcellos observa que, para o pecuarista, o ritmo de queda tem sido mais intenso do que no varejo. Em torno de 1% por semana no valor do boi gordo.

Especialistas enfatizam, no entanto, que, apesar da reacomodação, os preços da carne não deverão voltar aos patamares verificados antes da valorização no final de 2019.

GISELE LOEBLEIN

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