sábado, 18 de janeiro de 2020


18 DE JANEIRO DE 2020
ACERTO DE CONTAS

FINANÇAS PESSOAIS | Gasolina de dar inveja



Quem nunca recebeu uma foto de um posto de combustível nos Estados Unidos? Em destaque, um preço da gasolina de fazer inveja. Leitores perguntam como é possível tanta diferença e a coluna traz um comparativo feito pelo químico industrial Marcelo Gauto, especialista na área de petróleo e combustíveis. Ele avaliou a composição do preço médio da gasolina para o consumidor no Brasil, de R$ 4,38, com o cobrado nos EUA já convertido de dólares para reais, de R$ 2,85.

Os gráficos apontam grande diferença na carga tributária. Enquanto nos EUA, os impostos e outras taxas representam 18% do preço, no Brasil respondem por 44%. Lembrando que o Rio Grande do Sul está entre os Estados com alíquota mais alta de ICMS sobre a gasolina, 30%. Portanto, o gaúcho paga ainda mais tributos do que a média nacional. Tanto que o litro da gasolina comum está, em média, a R$ 4,76 nos postos daqui.

Há ainda um peso bem maior do etanol. No Brasil, o combustível tem um percentual obrigatório que precisa ser adicionado à gasolina e que tem pesado nos preços. Ele é de 27%, contra 10% de mistura nos EUA. Desde o último trimestre de 2019, o custo do etanol tem subido nas usinas do Sudeste e Centro-Oeste.

Recomprada e de volta ao mercado imobiliário

Uma marca que já foi bastante conhecida no mercado imobiliário gaúcho está de volta. A Noblesse foi recomprada por Eduardo Sukienik e o CEO prepara a abertura de uma loja já em março. Ele era proprietário da rede de imobiliárias, vendida para a Brasil Brokers em 2007, empresa que recentemente deixou o Rio Grande do Sul.

A Noblesse foi fundada em 1996, com 10 corretores. Anos depois, pegou todo o boom imobiliário, chegando a ter 12 lojas e 550 profissionais. Então, Sukienik vendeu a empresa para a Brasil Brokers e ficou com uma participação na compradora. Logo depois, a companhia abriu capital na bolsa de valores, o chamado processo de IPO.

- Saí da empresa em 2015, pouco depois de o mercado ter virado em 2014. O setor imobiliário foi do céu ao inferno sem escalas. O índice de distrato ficou muito alto. Praticamente, se vendia duas vezes a mesma unidade - lembra o executivo.

Sukienik saiu da Brasil Brokers com um cláusula de não competição por quatro anos. Agora, com a companhia recuando para Rio de Janeiro e São Paulo, ele comprou os direitos da marca, apostando em uma retomada do mercado imobiliário:

- Já está acontecendo em São Paulo, onde tudo é a jato. Para cá, vem de carro, mas também chega. Vejo que o mercado imobiliário está voltando com responsabilidade, não apenas para satisfazer investidor. Há muito mais critério na avaliação dos compradores.

Na volta ao mercado, o foco da Noblesse será em imóveis de médio e alto padrão. A primeira unidade ficará no FK Convenience Office, na Avenida Túlio de Rose, em Porto Alegre. Começa com cem corretores e 10 funcionários administrativos.

GIANE GUERRA

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