Confúcio
Mestre Kong Qiu, como traduz seu nome chinês, viveu entre 551-479 a.C., e
continua sendo o filósofo mais importante na história do Oriente. Ele defendia
princípios importantes de ética e política, numa época em que os gregos estavam
defendendo as mesmas coisas.
Nós pensamos que a democracia é uma invenção grega,
uma ideia ocidental, mas Confúcio escreveu que “o melhor governo é aquele que
governa através dos ritos e da moralidade das pessoas naturais, em vez de usar o
suborno e a coação”. Isso pode parecer óbvio para nós hoje, mas ele escreveu
isso entre 500 a 400 anos a.C. É o mesmo princípio da democracia que os gregos
defenderam e desenvolveram: a moral do povo está no comando, portanto governa
pelo povo.
Confúcio defendeu a ideia de um imperador, mas também defendeu as
limitações ao poder do imperador. O imperador deve ser honesto, e seus súditos
devem respeitá-lo, mas ele deve também merecer esse respeito. Se ele comete um
erro, seus súditos devem oferecer sugestões para corrigi-lo, e ele deve
considerá-las. Qualquer governante que agir contrário a esses princípios é um
tirano, e, portanto, um ladrão mais do que um governante.
Confúcio também criou sua própria versão independente da Regra de Ouro, que
já existia há pelo menos um século na Grécia antes dele. Seu fraseado era quase
idêntico, mas ia além: “O que não se deseja para si mesmo, não devemos fazer a
mais ninguém, e o que se reconhece como desejável para si mesmo, devemos estar
dispostos a conceder aos outros”.
A primeira afirmação é negativa, e constitui
um desejo passivo de não prejudicar os outros. A segunda declaração é muito mais
importante, constituindo um ativo desejo de ajudar os outros. O único outro
filósofo da antiguidade a defender a Regra de Ouro na forma positiva foi Jesus
Cristo.