quinta-feira, 29 de março de 2012

Confúcio

Mestre Kong Qiu, como traduz seu nome chinês, viveu entre 551-479 a.C., e continua sendo o filósofo mais importante na história do Oriente. Ele defendia princípios importantes de ética e política, numa época em que os gregos estavam defendendo as mesmas coisas. 

Nós pensamos que a democracia é uma invenção grega, uma ideia ocidental, mas Confúcio escreveu que “o melhor governo é aquele que governa através dos ritos e da moralidade das pessoas naturais, em vez de usar o suborno e a coação”. Isso pode parecer óbvio para nós hoje, mas ele escreveu isso entre 500 a 400 anos a.C. É o mesmo princípio da democracia que os gregos defenderam e desenvolveram: a moral do povo está no comando, portanto governa pelo povo.
Confúcio defendeu a ideia de um imperador, mas também defendeu as limitações ao poder do imperador. O imperador deve ser honesto, e seus súditos devem respeitá-lo, mas ele deve também merecer esse respeito. Se ele comete um erro, seus súditos devem oferecer sugestões para corrigi-lo, e ele deve considerá-las. Qualquer governante que agir contrário a esses princípios é um tirano, e, portanto, um ladrão mais do que um governante.

Confúcio também criou sua própria versão independente da Regra de Ouro, que já existia há pelo menos um século na Grécia antes dele. Seu fraseado era quase idêntico, mas ia além: “O que não se deseja para si mesmo, não devemos fazer a mais ninguém, e o que se reconhece como desejável para si mesmo, devemos estar dispostos a conceder aos outros”. 

A primeira afirmação é negativa, e constitui um desejo passivo de não prejudicar os outros. A segunda declaração é muito mais importante, constituindo um ativo desejo de ajudar os outros. O único outro filósofo da antiguidade a defender a Regra de Ouro na forma positiva foi Jesus Cristo.