sexta-feira, 30 de agosto de 2019


30 DE AGOSTO DE 2019
CAROLINA BAHIA

Aparências, nada mais


Depois de passar semanas fritando o ministro da Justiça, o presidente Jair Bolsonaro fez questão de fazer um gesto público em apoio a Sergio Moro. Em cerimônia no Palácio do Planalto, ele desceu a rampa interna ao lado do titular da pasta e escancarou:

- Vou descer de mãos dadas com Moro. No meio do caminho, o presidente abraçou o ex-juiz e parou para fotos. O apoio a Moro também veio dos colegas ministros, 11 compareceram, além da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, governadores, prefeitos e parlamentares. Bolsonaro sabe que não pode demitir o ministro, que tem alta popularidade junto ao público do presidente. 

Moro, no entanto, vem sendo desprestigiado com a redução de orçamento e ameaças de interferência na Polícia Federal. O presidente quer ter controle sobre as investigações envolvendo o filho Flávio Bolsonaro e não gostaria de ter um Moro fortalecido na disputa presidencial de 2022. Quem conhece as senhas do Planalto, sabe que a cena de ontem serve para manter as aparências.

Não está confortável a situação de Jerry Adriane Rodrigues à frente do Denatran. O gaúcho nega, no entanto, que pediu demissão. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que não falou com ele sobre o assunto e que os trabalhos seguem normalmente. Jerry estaria descontente com os rumos do Denatran, além de não ser consultado sobre mudanças.

Indisposição

Chamou atenção a ausência do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, no evento no Planalto. Interlocutores da PF informaram à coluna que ele teve uma indisposição após o almoço e foi representado pelo diretor-executivo, Disney Rosseti. Valeixo entrou na mira do presidente durante a polêmica do superintendente da PF no Rio, quando Bolsonaro afirmou que, se não poderia fazer essa troca, então demitiria o diretor-geral.

CAROLINA BAHIA

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