quinta-feira, 28 de março de 2019


28 DE MARÇO DE 2019
ARTIGOS

INJUSTIÇAS NÃO REPARÁVEIS

Há poucos dias, um aposentado da iniciativa privada enviou carta ao atual presidente da República, Jair Bolsonaro, na qual solicitava especial atenção ao tratamento desigual de sua aposentadoria do RGPS em relação à dos funcionários públicos do RPPS, cujos reajustes são equiparados aos trabalhadores da ativa, enquanto que os seus, não. Que essa anomalia o estava levando a uma situação de empobrecimento progressivo e humilhante.

Trata-se do justo desabafo de um pagador de impostos vítima de décadas de políticas erradas e irresponsáveis que tornaram o sistema previdenciário brasileiro inviável e injusto para milhões de brasileiros. A situação descrita é impossível de ser revertida dadas as atuais condições catastróficas das contas públicas, devastadas principalmente nos 13 anos da era petista, que jogou o país num dos últimos lugares do ranking de desenvolvimento econômico e humano entre as nações.

É inacreditável a insensibilidade nacional para os males que conduziram o país a esta situação que ultrapassou os limites do tolerável e chegou à zona do irremediável. O Brasil atual é como um paciente acometido de doença terminal que não causa dor e cujos médicos, incompetentes, não prescrevem a medicação certa nem a dieta adequada para salvar-lhe a vida.

A reforma proposta pelo governo visa, em boa hora, reduzir as aposentadorias públicas ao nível comum de todos os brasileiros. Porém, esbarramos num parlamento sujeito às pressões dos altos escalões da privilegiatura que fizeram de nós, brasileiros dela excluídos, cidadãos de segunda classe. Também não ajuda em nada o papel de uma oposição rancorosa, incapaz de fazer seu mea-culpa por tudo de ruim que deixou para trás e que só será corrigido pelas gerações futuras, que terão que saldar essa fatura imoral.

O que machuca é que o missivista pagou a vida inteira como os demais para sustentar os privilégios dos aposentados dos altos escalões do serviço público. É o resultado de um país que não soube aproveitar seu potencial para enriquecer e garantir a seus cidadãos uma velhice digna.

Infelizmente, milhões de brasileiros são vítimas dessa máquina perversa de moer vidas que foi sendo montada por décadas através de leis que privilegiam os próprios autores das mesmas. Menos mal que a Nova Previdência que vem aí poderá corrigir essa história infeliz a partir de sua aprovação e implantação. Que assim seja, para o bem do Brasil e das futuras gerações.

Empresário de turismo agencia@mercatur.com.br - ABRAHÃO FINKELSTEIN

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