quinta-feira, 28 de março de 2019



28 DE MARÇO DE 2019
+ ECONOMIA

TENSÃO E CONFLITO NO AR

Entre a aparente falência da articulação do governo e novas inquietações sobre o cenário internacional, o dólar subiu 2,27%, para fechar a R$ 3,95, maior cotação em quase seis meses. Começaram as especulações sobre quando alcançará novamente R$ 4, como em outubro passado. A bolsa caiu 3,57%, para 91.903 pontos. O principal motivo é a aprovação de novas amarras no orçamento federal na Câmara. Essa mínima foi atingida nove dias depois de o Ibovespa ter alcançado a marca histórica de 100 mil pontos.

Investidores e especuladores viram o que mais temiam: o acirramento da crise entre o governo Bolsonaro e a Câmara, provocado por falta de articulação política e bom senso prático. Deflagrada pela prisão do ex-presidente Michel Temer, a preocupação foi agravada pelo conflito com presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Atingiu o auge - ao menos até agora - com a primeira consequência efetiva do desentendimento. Analistas já avaliavam que havia "quadro de total desarticulação política". Como o cenário externo também não tem sido favorável, e o governo não dá mostras reais de tentar resolver o impasse, a percepção se agravou.

No dia anterior, o mercado financeiro havia reagido mal à ausência anunciada do ministro da Economia, Paulo Guedes, na audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas encerrou a sessão animado com a perspectiva de reação do Planalto. Não se esperava que, à noite, o governo sofresse grande derrota na Câmara, com a aprovação do chamado "orçamento impositivo", que na prática amarra ainda mais a destinação dos recursos. É um recado sonoro a Bolsonaro e a Guedes, que ensaiou mandar para o Congresso um projeto liberando totalmente o orçamento de vinculações. O conflito está no ar.

O sonho da usina térmica de Rio Grande deve ser mesmo engavetado, ao menos sob a responsabilidade da Bolognesi. Ontem, o secretário de Infraestrutura, Artur Lemos, esteve na Aneel para pedir decisão rápida, que envolve o fim da concessão. A tendência é de que os contratos sejam atendidos por unidades já existentes no Nordeste.

- O que o Estado precisa é de definição. Ficar mais quatro anos nesta discussão é perder oportunidades. Não sendo viável, cabe a nós buscar investidores que queiram apresentar projeto sólido - disse Lemos.

NO DIA EM QUE JAIR BOLSONARO FOI ASSISTIR AO FILME SUPERAÇÃO, O MILAGRE DA FÉ, PELA MANHÃ, SEU VICE, HAMILTON MOURÃO, TEVE OUTRO PROGRAMA À NOITE. FOI RECEBIDO PARA JANTAR NA CASA DO PRESIDENTE DA FIESP, PAULO SKAF. ENTRE OS CONVIDADOS, PRESIDENTES DE BRADESCO, SUZANO, GERDAU E COTEMINAS. O PEDIDO: MAIS DIÁLOGO.

Medido pela FGV, o índice de confiança do consumidor braileiro caiu para 91 pontos em março, ante o mês anterior. Com queda pouco comum de 5,1 pontos na virada de mês, ficou no mesmo nível de outubro de 2018, quando a definição eleitoral começara a melhorar o indicador. pontos em março, ante o mês anterior. Com queda pouco comum de 5,1 pontos na virada de mês, ficou no mesmo nível de outubro de 2018, quando a definição eleitoral começara a melhorar o indicador.

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